Minha experiência investindo em centros de dados: a infraestrutura digital do futuro
Durante muito tempo, quando pensava em investimentos ligados à tecnologia, minha mente ia direto para startups de aplicativos, empresas de software ou até criptomoedas. Mas um dia, lendo uma matéria sobre o crescimento da inteligência artificial, percebi que por trás de toda essa revolução havia uma estrutura essencial que quase ninguém comentava: os centros de dados.
A verdade é que toda essa transformação digital que vivemos — do streaming ao e-commerce, da IA aos jogos online — depende de algo muito concreto: servidores físicos, resfriamento, conectividade, energia.
Glossário do conteúdo do artigo:
- Como descobri o potencial dos centros de dados
- Onde encontrei formas de investir nesse setor
- Por que esse setor me chamou tanto a atenção
- Os riscos e os aprendizados dessa jornada
- O impacto do 5G, da IA e da borda (edge computing)
- Como analiso projetos hoje: minha checklist pessoal
- Minha visão para os próximos anos
- Conclusão
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E tudo isso está concentrado nos chamados data centers. Quando percebi isso, decidi estudar esse mercado mais a fundo. E acabei investindo.
Como descobri o potencial dos centros de dados
Minha curiosidade começou com uma pergunta simples: “Onde exatamente estão armazenados todos esses dados que usamos o tempo todo?”. A resposta era clara: em estruturas gigantes, seguras, com controle climático, geralmente escondidas em parques tecnológicos ou regiões com energia abundante.
Comecei a acompanhar o crescimento do setor no Brasil e no mundo. Vi notícias sobre grandes empresas como Google, Amazon e Microsoft construindo data centers no interior de São Paulo, na região de Campinas e em locais estratégicos da América Latina.
Mas o que me surpreendeu mesmo foi ver que havia oportunidades de investimento para pessoas físicas.
Onde encontrei formas de investir nesse setor
O caminho mais direto seria comprar ações de empresas que constroem ou operam data centers. Foi o que fiz primeiro:
- Investi em cotas de fundos imobiliários de data centers no exterior (como o Digital Realty Trust).
- Apliquei em ETFs que incluem empresas de infraestrutura digital.
- Depois, descobri startups brasileiras e plataformas de investimento coletivo que financiavam mini data centers modulares, voltados para IA e computação de borda.
Gráfico: Meus primeiros investimentos em centros de dados
- Fundos imobiliários internacionais: 40%
- ETFs de infraestrutura digital: 30%
- Projetos locais (via crowdfunding): 30%
Essa diversificação me ajudou a entrar no setor com diferentes níveis de risco e liquidez. Os FIIs me davam rendimentos mensais; os ETFs valorizavam conforme o mercado crescia; e os projetos locais tinham mais risco, mas também mais potencial.
Por que esse setor me chamou tanto a atenção
Além do aspecto técnico e da escalabilidade, o que mais me atraiu foi a resiliência. Mesmo em crises econômicas, os data centers continuam funcionando. Afinal, ninguém quer ficar sem internet, sem nuvem, sem seus arquivos salvos.
Outra vantagem é o crescimento explosivo da demanda. Com o avanço da IA generativa, do metaverso e da digitalização dos negócios, a quantidade de dados que produzimos cresce exponencialmente.
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Tabela: Crescimento estimado da demanda global por data centers
Ano | Volume de dados global (zettabytes) |
---|---|
2020 | 64 |
2022 | 97 |
2025 (est.) | 180 |
Ou seja, mesmo que os preços oscilem, a tendência de longo prazo é de alta.
Os riscos e os aprendizados dessa jornada
Nem tudo são flores. Um dos principais riscos que enfrentei foi o câmbio, já que boa parte dos ativos mais maduros estão em dólar. Outro desafio foi entender os aspectos técnicos: consumo de energia, tempo de vida dos equipamentos, localização estratégica.
Em projetos menores, percebi que era fundamental estudar a qualificação dos operadores e o plano de manutenção. Um data center pode parecer promissor no papel, mas se não tiver gestão eficiente, pode virar um elefante branco.
Além disso, entendi que esse setor está muito ligado à infraestrutura energética. Blackouts ou falhas no fornecimento podem comprometer a operação. Por isso, passei a valorizar projetos que investem também em energia solar e baterias de backup.
O impacto do 5G, da IA e da borda (edge computing)
Uma das coisas que mais me empolgaram foi perceber como novas tecnologias impulsionam ainda mais esse setor. Com o 5G, por exemplo, surgem os data centers de borda: estruturas menores e distribuídas, próximas dos usuários, para garantir latência baixa.
A inteligência artificial, por sua vez, exige processamento pesado e constante, algo que só grandes centros conseguem oferecer com eficiência. Isso cria demanda por servidores especializados, refrigeramento avançado e conectividade ultrarrápida.
Gráfico: Tecnologias que mais impulsionam os data centers hoje
- Inteligência artificial: 40%
- 5G e IoT: 25%
- Computação em nuvem: 20%
- Streaming e jogos online: 15%
Como analiso projetos hoje: minha checklist pessoal
Depois de alguns tropeços, desenvolvi meu próprio checklist antes de investir:
- Localização estratégica (perto de hubs de tráfego de dados)
- Redundância energética e conectividade
- Escalabilidade física e modularidade
- Equipe de gestão experiente
- Demanda contratada (colocation) ou parcerias com grandes clientes
Se um projeto preenche esses critérios, passo a avaliar os números com mais calma.
Tabela: Checklist pessoal para novos investimentos em data centers
Critério | Prioridade |
Localização estratégica | Alta |
Redundância energética e redes | Alta |
Equipe técnica e gestora | Média |
Contratos de uso ou parcerias | Alta |
Escalabilidade futura | Média |
Minha visão para os próximos anos
Acredito que investir em centros de dados é como investir em rodovias na era do carro: você financia a infraestrutura que torna possível toda uma revolução. É um setor técnico, com barreiras de entrada, mas essencial para tudo que envolve o digital.
Nos próximos anos, pretendo aumentar minha exposição nesse mercado, buscando cada vez mais opções no Brasil, especialmente projetos que combinem sustentabilidade energética e descentralização.
Já existem iniciativas usando containers reaproveitados para criar mini data centers solares em áreas industriais e regiões com poucos serviços digitais. Isso me parece o futuro.
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Gráfico: Evolução dos meus rendimentos no setor (projeção)
- 2022: 6,2% a.a.
- 2023: 8,4% a.a.
- 2024 (parcial): 9,1% a.a.
Conclusão
Entrar no universo dos centros de dados me mostrou que investir não é só comprar ações da moda. Às vezes, é olhar para o que está por trás de tudo: a infraestrutura invisível que sustenta o mundo moderno.
Aprendi que, com estudo e visão de longo prazo, dá para se posicionar em setores que ainda estão fora do radar da maioria, mas que são essenciais para o futuro.
Hoje, quando penso no meu portfólio, vejo que esses investimentos me trouxeram algo além da rentabilidade: uma compreensão mais profunda de como funciona o mundo digital — e de como posso ser parte ativa dessa transformação.